sábado, 11 de junho de 2016

VIAGEM DE MANAUS À BOA VISTA


                No dia 17/05/2016 às 10 horas da manha tomei o ônibus na rodoviária de Manaus em uma viagem de aproximadamente 800 km rumo à Boa Vista capital de Roraima. Uma curiosidade; a rodoviária de Manaus é minúscula em relação ao tamanho da cidade com quase dois milhões de habitantes; isso se justifica pela pequena malha viária existente no estado do Amazonas. O preço da passagem de Manaus a Boa Vista era de R$142,00, porém diante do pouco movimento devido a crise econômica, a empresa estava fazendo uma promoção com passagens à R$100,00, e mesmo assim não tinha mais que dez pessoas dentro do ônibus. Na saída de Manaus pela Br 174 não pude deixar de observar as tantas chácaras de lazer com seus balneários, nos diversos igarapés (pequenos rios) que tem na região. Algumas são de usos restritos e muitas são abertas ao público. Depois de Manaus a primeira cidade é Presidente Figueiredo; a cidade das cachoeiras. Não tive tempo de parar para conhecer melhor à cidade; porém pelas fotos que vi pela internet, a cidade realmente merece o titulo que tem. Seguindo pela Br 174 que por sinal esta totalmente reformada; logo passamos dentro da reserva indígena wiriqki aikiki. Acho que andamos mais de 100 km dentro da reserva; só terra de boa qualidade; muita terra para pouco índio. 

Seguindo em frente, passamos por mais algumas cidadezinhas; depois de 12 horas de estrada chegamos à Boa Vista. De Manaus até passarmos a reserva indígena a vegetação é de floresta amazônica; depois da reserva indígena até Boa Vista, a vegetação é típica de cerrado, com imensas veredas de buriti, assim como é em praticamente todo o estado do Tocantins, onde moro. Chegando à Boa Vista, me surpreendi com a bela cidade; com avenidas largas e ajardinadas; cidade limpa; muito organizada; banhada pelo Rio Branco, com suas praias de areia branca e água limpa; uma orla toda revitalizada; realmente a cidade de Boa Vista faz jus ao nome que tem; sem dúvida nenhuma, é uma das poucas cidades limpa e organizada existente em toda a região norte do país. Valeu às 24 horas de ônibus para ir e voltar pela br 174. Enfim, de volta à Manaus, fui até o porto para comprar a passagem por R$700,00 num camarote exclusivo, porém sem banheiro privativo, para a próxima etapa da viagem que seria de Manaus à Porto Velho.

2 comentários:

GNOTON disse...

Muita terra para pouco índio? Terra que desmatada vira areia; terra que sem floresta perde inestimáveis recursos cujo valor econômico é desconhecido. Há tanta terra sem floresta para a agricultura!!! Não precisamos derrubar floresta para enriquecer uma região. E mais uma vez, muita terra para pouco índio? E como fica você sem sua terra? Fica na cidade, ou melhor, na periferia da cidade, trabalhando como escravo para algum latifundiário arrogante, vendendo o tempo da sua vida, o tempo para sua família e a sua saúde a um salário volátil e a espera da aposentadoria só com 70 anos... Como fica o índio sem sua terra? Por que não pensar em um modelo desenvolvimento que preserva a dignidade humana, a natureza, a vida e promova um crescimento justo para todos???

GNOTON disse...

Ah, desculpa. Eu deveria ter agradecido as informações antes. Foram muito valiosas. Abraços!